26 dezembro 2020

Quebra-cabeça

    Abriu o portão e pegou a encomenda que havia recebido. Estranhou pois não tinha pedido nada, mas tinha seu nome na embalagem, Entrou na sala e foi ler o cartão: era um presente da namorada que estava há 3 meses no Rio de Janeiro a trabalho.

    O pacote, embrulhado em papel pardo, era uma caixa larga, mas não muito alta. Desembrulhou e viu uma caixa preta com poucas informações, uma delas dizia: divirta-se. Abriu a caixa e se deu conta que era um quebra-cabeça e junto dele, outro bilhete: vai ter que montar de memória. Quero uma foto de quando terminar.

    Não havia informações de como montar aquilo e nem ideia de qual era a imagem final; viu que existiam umas peças azul marinho com detalhes e outras que eram mais claras. Separou as peças, deixou em um canto as que eram de laterais, cima e baixo, e as que eram do meio, em outro. Começou pelo canto esquerdo, encaixou umas e foi montando até juntar umas dez. Parou. Observou. Foi procurar mais peças, estava difícil.

    Levantou, mandou mensagem para a namorada dizendo que havia recebido o presente e estava quebrando a cabeça.

    De pé, olhando de cima para o presente começou a reparar num certo padrão. Estava começando a entender. Achou outras peças e finalizou o lado esquerdo. A ansiedade o dominava, queria terminar, havia passado mais de uma hora até terminar a parte de baixo e lateral direita.

    Ele sorria enquanto encaixava as últimas peças. Ria quando percebeu qual era a imagem final. Maluca! Imagina enviar essa foto para imprimirem no quebra-cabeça. Era quase uma pintura, sua namorada deitada, usando uma lingerie, um body rendado azul marinho - uma roupa que ele nunca tinha visto.

    Procurou dentro da caixa, no chão, na embalagem, mas não encontrava, faltava uma peça. Olhou tudo novamente. Desistiu. Tirou foto do jogo quase finalizado e enviou para ela. Enviado. ✅ Recebido. ✅✅ Lido. ☑️☑️

    Minutos depois ela chamou ele por vídeo. Ele riu, ia fazer alguma brincadeira, mas engoliu a piada, pois estranhou o que via: uma cortina bege clara cobrindo a parede inteira e a beirada de uma cama. De repente bem devagar, pela lateral sob a cama, entrou em cena um sapato preto de salto alto. Foi surgindo uma perna até o joelho vestida com uma meia-calça, ele só enxergava do joelho para baixo.

    Ela se virou de costas, deu alguns passos para trás se afastando do celular e se aproximando da cortina. Frame a frame o corpo todo dela foi aparecendo, começou pela bunda, costas, até seus cabelos soltos. Nesse momento as peças foram se juntando, ela estava ali, ao vivo, online com a mesma lingerie do quebra-cabeça.

   Chegando mais perto da cortina, tirou os cabelos das costas e começou a dançar lentamente. Rebolava de um lado para o outro, estilo dança do ventre, sua cintura fazia desenhos no ar. As mãos paralelas ao corpo dançavam leves como o vento, tocavam a cintura e deslizavam até as coxas. Agachou até o chão, subiu e desceu bumbum algumas vezes. Levantou o tronco serpenteando até ficar de pé novamente. Uma mão passeou até a nuca chegando no zíper do body, abriu o fecho e foi descendo, descobrindo pedaço por pedaço, mostrando as costas nuas até chegar no cóccix, tirou um dos braços envolto nas alças, depois o outro, fazendo a lingerie escorregar até a cintura.

    Pela sombra na parede era possível ver os seios dela, os mamilos duros apontando para frente.

    Ela virou o rosto, ele notou seu batom vermelho para a câmera, era a primeira vez que ele via seus olhos na chamada. Voltou a encarar a parede, colocou as mãos na cintura, dessa vez abriu o zíper até o final fazendo a peça azul cair no chão e sua bunda ficar amostra. Estava quase nua, exceto pelas meias presas na coxa. Fazia tempo que não via, não tocava naquele corpo. Que vontade ele tinha de estar ali vendo aquela cena, que tesão tinha naquela bunda naquelas maquininhas, nas celulites que ela tanto odiava mas ele amava pirava.

    Ela se voltou para o celular cobrindo os seios e as outras partes. Foi chegando mais perto da tela e se ajoelhando. O enquadramento era perfeito, quase um postal, enxergava ela mais de perto, da cabeça até seus joelhos apoiados no chão de carpete. 

    Uma das mãos saiu dos seios e começou a massageá-lo, movimentos circulares, brincando com as curvaturas do seu peito e mamilo; a mão colada no corpo deslizou entre os seios e foi até o seu umbigo.

    A mão debaixo saiu, deixando exposta sua vulva - ele quase salivou. Seus dedos escorregaram entre os grandes lábios, passearam pelos pequenos lábios, até o clitóris: o ponto ereto e elétrico do teu corpo. Quando ela se tocou, sentiu a energia correndo pela sua vagina, virilha e corpo todo. Mordeu os lábios.
Enquanto uma das mãos brincava naquela corrente elétrica, a outra passeava dos seios, cabelos e coxa. Ela se tocava com mais vontade, mais rápido. Abriu os olhos, olhou para ele que estava sorrindo, excitado.

    Ela penetrou seus dedos da mão direita enquanto circulava o clitóris com a mão esquerda, mordia os lábios enquanto olhava para ele que sentado, quase caia da cadeira vendo a cena. 

    Coração acelerado, ofegante, joelhos um pouco afastado, subia e descia brincando com suas mãos, arranhou o tapete quando sentiu um calor surgindo e irradiando pelo tapete todo, gemeu alto, caiu de quatro e sentiu prazer escorrendo pelas suas pernas.

    Ele não falou nada, estava sem palavras, apenas observava. Ela ainda ofegante, riu para ele - aquele sorriso safado, cansado, pós sexo que ele delirava. Ela sorriu, esticou a mão em direção a tela e atrás do celular pegou a peça que faltava: era o sorriso dela.


19 agosto 2020

Doce

     Sua rotina de home office às vezes começava cedo, pre-ci-sa-va tomar um café reforçado para começar bem o dia. Café, bolo, pão crocante na chapa, geleia, frutas - sonhava em todo dia ter um buffet de café da manhã de hotel, cheia de opções, mas era grata ao que tinha para comer aquele dia.⁠

    ⁠Ficou online, respondeu mensagens dos amigos no WhatsApp, viu alguns memes na internet e ligou o notebook para começar o trabalho. Abriu sua planilha, voltou ao relatório do dia anterior, respondeu email do chefe e colocou uma música para animar aquela terça-feira triste chuvosa.⁠

    Há alguns anos criou um perfil no instagram para falar sobre doces, sobremesas e outras coisas deliciosas que fazem os diabéticos pirarem. Começou por brincadeira, com uns seguidores, amigos, dicas e depois de um tempo bombou na internet. As empresas mandavam mimos, lançamentos e promoções para sua casa.⁠

    Aproveitou que o dia estava tranquilo e depois do almoço, resolveu arrumar umas coisas na cozinha. Pensava no cronograma da semana, no que podia fazer, quais produtos fotografar, experimentar, comer de sobremesa. Barrinha de cereal de morango, ou brownie com caramelo? Ótimas opções, mas ainda não era aquilo. ⁠

    O interfone tocou, porteiro avisou que uma encomenda tinha chegado, como ela não havia pedido nada, devia ser algum "recebido do dia". Se alongou, pegou sua chave e chamou o elevador. O caminho do elevador até a portaria era similar a uma criança indo a uma loja de brinquedos: sonhos, ansiedade, curiosidade, o que será que recebi? Pegou a caixa de papelão e voltou para seu apartamento.⁠

    Abriu a embalagem como quem abre um presente, sem rasgar o papel de embrulho, tentando demonstrar calma e controle, mas querendo desesperadamente saber o que tinha ali dentro: era uma caixinha de isopor com alguns potinhos de iogurte. A marca se inspirou na temática de fazenda e criou sabores do interior, como goiabada, cocada e calda de chocolate. Para mimá-la enviou também os clássicos de baunilha, abacaxi e morango.⁠

⁠    Só de pensar no azedinho e geladinho de cada potinho, salivou. Agradeceu mentalmente a empresa e ao destino por aquilo chegar no melhor horário possível! Estava decidido! Seria sua sobremesa, mas qual sabor?

    Procurou a melhor luz na casa para gravar e fotografar seu "recebido". Feito isso, correu para pegar uma colher. Abriu o de chocolate, pois assim já comemorava o final da tpm. O cheiro doce viajou até seu nariz fazendo surgir um sorriso involuntário no canto da boca. Pegou a colher, afundou no creme e sentiu a textura, antes de levá-lo até a boca, gravou mais uns depoimentos falando do aroma, da consistência e então provou.

    A mistura de doce e azedo passou dos seus lábios, língua até chegar na alma que reverberou de alegria, sentiu fogos de artifício de êxtase circulando pelo corpo todo - comida tem esse poder, nos faz sentir uma conexão entre corpo e alma. Fechou os olhos, passou a língua nos lábios e sorriu. Era exatamente aquele gosto que ela precisava para celebrar o dia.

    Seu notebook ainda tocava a playlist do almoço, alguma música latina a fazia bailar pela cozinha enquanto ela se deliciava com o doce. Começou a missão mais difícil: a de comer todo o iogurte do potinho - porque as empresas insistem em fazer essas ranhuras no plástico? Tem um tiquinho de doce que fica ali e não sai nem com reza brava, era muito gostoso para ser jogado fora. A criança interior voltou e com ela seu indicador, que alcançou o tiquitinho de doce na ranhura no fundinho do pote e o levou até a boca. Sucesso! Ela tinha uma particularidade, seguia uma sequência diferente de todo mundo para comer iogurtes, não conhecia ninguém que fazia o mesmo: ela deixava a tampinha para lamber no final.   

    Se encostou na janela e ficou admirando o papel prateado da embalagem refletir um pedaço do seu rosto com o iogurte cobrindo sua face. Se divertia com aquela ilusão e brincava com aquilo. O creme espalhado pela tampinha estava dividido entre o azedinho do iogurte (aquele que te faz contrair o canto da boca) com o doce do creme de chocolate (que te faz salivar só de pensar) antes de lamber fechou os olhos e pensou nas sensações causadas por cada sabor e mentalizou: que seja doce!

    O misto dos sabores e sensações voltou a dominar seu paladar, percorreu seu corpo inteiro e a quase fez levitar. Ela ria e dançava um forró que agora tocava. Abriu os olhos e viu seu vizinho, do apartamento em frente a admirando e rindo - há quanto tempo será que ele estava ali? Ele fez um sinal para o nariz dela, ela passou a mão e percebeu que estava suja de iogurte, os dois explodiram de risadas. Ele fingiu que dançava forró também, deu um giro, um sorriso e acenou, deu tchau e saiu de cena.

    Solteira há mais um ano, sentia falta daquilo, de compartilhar momentos, músicas, sobremesas com alguém. Se surpreendeu pela maturidade, por não ter se escondido quando o viu e ter conseguido rir da situação. Sabia que ele era novo no condomínio, gatíssimo, fofo, dançarino e com bom humor. Aquilo podia não dar em nada, ter sido só um flerte, só um momento, ou podia rolar algo mais para frente. Ela encarou novamente o iogurte, fechou os olhos, sorriu e jogou para o universo: que seja doce!


26 julho 2020

Sofá

    Vi uma foto do seu sofá e me lembrei de um aniversário em que fui na sua casa e queria que você me comesse em cima dele.



    Fui pra essa festa por conta da minha amiga, não era íntima de ninguém, só conhecia você e o aniversariante. Era a primeira vez que iria para sua casa, não imaginava como ela era - anos atrás quando sentia uma atração por você, ficava imaginando como era seu quarto, sua cama, não ficava pensando em outros cômodos.

    Chegamos. Entramos, nos apresentamos e nos ofereceram bebidas. Sorrisos, conversas, bebidas, músicas. As pessoas estavam reunidas na varanda, conversando, bebendo, dançando. Um vento gelado enfeitava a noite e deixava todo mundo mais próximo.

    Lembro ser um sábado, fim de noite, fazia tempos que não saia, que não interagia com ninguém. Me senti deslocada naquele espaço, naquelas conversas e corpos. Entrei na sala a meia luz. Sentei no sofá. Confortável. Macio. Enquanto minha amiga dançava forró lá fora eu ficava analisando a estrutura daquele móvel. A textura era incrível, altura perfeita e bem largo. Sempre quis um sofá largo onde eu pudesse me esticar inteira, deitar sozinha ou acompanhada. Meu sofá é velho, antigo, eu mal caibo nele, neste aqui eu caberia...

    Foi quando você entrou na sala, me sorriu e foi para a cozinha. Sorri constrangida fingindo que não estava tentando medir quantos palmos tinham onde eu me sentava. Ai foquei no seu sorriso, no seu rosto, o quanto eu era encantada por ele. Como as coisas e gostos mudam não? Eu era alucinada por você, via suas fotos, ficava vermelha com o coração acelerado, e hoje aqui, com você pertinho de mim, estou mais excitada com o seu sofá do que contigo.

    Mas se fosse em outros tempos ia adorar que você voltasse da cozinha com uma taça de vinho, encostasse a porta da varanda, deixando o povo lá fora e sentasse ao meu lado. Eu assumiria que você era um crush do passado, que eu adorava seu cabelo, seu estilo e que era fascinada pelo seu nariz - alguém já disse isso? Retinho, fino, parece de alguma obra de arte clássica.


    A gente conversaria sobre isso, sobre os anos que se passaram enquanto as taças iriam ficando mais vazias. Você me perguntaria do porquê eu encarar tanto seu sofá e eu falaria tudo. Iria dizer que não estava acostumada com um sofá tão grande, enquanto eu me deitava sobre as almofadas e falaria que não acredito que duas pessoas dormissem, coubessem ali. Aí você largaria sua taça e se aproximaria por cima de mim, exalando seu perfume amadeirado e seu hálito de vinho e deitaria ao meu lado, me provando que o sofá é realmente largo.

    Eu tocaria de leve no seu nariz, na sua face e no seus lábios, você se aproximaria, encostando sua boca na minha e me beijaria. Sua boca era mais macia que a almofada, a textura da sua barba era melhor que a do sofá e senti outras coisas maiores também. Sua mão quente subia por baixo da minha blusa tocando nas minhas costas geladas. Eu levantaria, te colocando sentado e sentaria no teu colo enquanto seus braços me envolveriam.

    Alguém entraria na sala e pediria desculpas; a música lá fora era excelente para nosso momento e a interrupção não nos intimidou, continuamos nos beijando e acariciando. Você me deitaria novamente abrindo minha calça. Eu abriria o zíper da sua calça para sentir seu volume enquanto você passava pela renda da minha calcinha me sentindo úmida. Eu te tocaria, seus dedos me levariam a loucura junto com sua língua na minha boca.

    Esquecíamos que estávamos na festa e ficávamos ali, deitados nos sentindo; o vento gelado não entrava ali, apenas nossos corpos quentes se tocando, se queimando. Eu sentia calor subindo da sua mão e percorrendo meu ventre, me deixando sem voz, sem reação. Eu gemia baixinho enquanto te tocava mais rápido, você ofegante no meu pescoço pedia que continuasse.

    E foi ali, naquele sofá da foto que eu gozei no imaginário, gozei de ficar com as pernas bambas com vontade de mais. Você saiu da cozinha, me deu outro sorriso e foi para a varanda, e eu fiquei sentada pensando: ah se você soubesse o quanto este sofá é macio.

22 junho 2020

*Quarentena

Entrou no apartamento e tirou a blusa de moletom com capuz, colocou dentro de uma sacola plástica no cantinho no chão perto da sapateira, onde deixou seu tênis. Ficou de camiseta e calcinha no hall de entrada do apartamento dele.

Era a primeira vez dela no apartamento novo dele, havia se mudado há uns meses, mas por conta da quarentena não o conhecia ainda. Perguntou aonde era o banheiro e foi guiada até lá. Tirou a máscara do rosto, arrumou o cabelo amassado pelo capuz e tirou as meias. Lavava as mãos e o rosto. Ele atrás dela a observava inclinar para pia, arrebitando a bunda dando mais destaque para a calcinha shorts de renda verde que usava.


Ele se aproximou devagar e encaixou o seu quadril no dela, passou a mão pela sua cintura e levantou um lado da calcinha deixando uma parte do bumbum a mostra. Um dos seus dedos brincava com a renda e entrou embaixo do tecido. Depois começou a passear pela sua pele até chegar nos orifícios dela, que por um momento sorriu através do espelho enquanto ainda lavava as mãos. Ele tinha entendido que aquilo era um "sim" e continuou brincando.

As pernas delas que antes eram tensas da rua, relaxavam cada vez mais e mais, então ele introduziu seu dedo na umidade dela que agarrou a pia. Ele a vendo de olhos fechados e mordendo os lábios, ficou mais excitado fazendo com que ela sentisse um volume crescendo.

Abaixou a calcinha dela e seus dedos continuaram brincando, seu polegar penetrou em sua vagina e o dedo médico brincava com clitóris. Ela jogou o pescoço para trás se encaixando perfeitamente no corpo dele; quanto mais ele mexia, mais ela soltava e relaxava o corpo.

Seus dedos dedilhavam uma música que se espalhava pelo corpo dela que projetava tudo em forma de gemidos.

Enquanto ele tocava, ela abaixou a bermuda e cueca dele, sua pele sentiu o volume ereto encostando entre suas nádegas. Ele tirou a mão e ela se inclinou para a pia, subindo e descendo o quadril, se esfregando nele enquanto o encarava e sorria pelo espelho. Ele a segurou forte pela cintura acelerando o movimento.

Quando ela estava mais excitada e inclinada, ele penetrou devagar, largou sua cintura e agarrou seus seios. Fazia devagar, depois rápido e com mais força. Olhando ela por aquele ângulo e pelo reflexo do espelho o deixava com um tesão a mais, e ela também que se tocava, se sentia molhada e sentia tremores se espalhando pelo corpo. Ela dizia para ele não parar, ir mais rápido que ela estava quase. Ele a segurava forte e penetrava com mais força até notar que as pernas dela bambearam, ela se inclinou segurando na pia e gemeu alto. Ele se empolgou com o ato e gozou nas costas dela.

Aproveitaram o banheiro e tomaram um banho longo e quente para se limpar, tocar, brincar e relaxar.

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03 fevereiro 2020

Gravata

A reunião após evento aconteceu na salinha de repouso da equipe. A produtora estava dando feedback particular para todo mundo que tinha trabalhado, um jeito de conhecer melhor os funcionários e descobrir o perfil de cada um para próximos jobs.

Todo mundo já tinha ido embora, faltava só conversar com um rapaz, alguém que ela já conhecia tempos, mas que nunca tinha falado a sós. A presença dele mexia com ela. O homem tinha 1,90, magro, todo tatuado, barba negra e comprida - descrevendo sua imagem ele podia ser figurante do time dos bad boys, porém era uma rapaz tímido, gentil e muito querido pelos seus colegas.

Ele entrou, trajava um paletó preto com uma gravata azul marinho - fazia freela de segurança às vezes - fora dali seria impossível vê-lo usando aquele figurino, ele era do tipo que usava calças largas e boné. Ela o conhecia mais por esse segundo figurino, vê-lo de social a tirava do sério.

Ele ficou de pé, próximo a porta, cruzou os braços e a cumprimentou. Ela estava de costas e quando virou sentiu seu rosto pegando fogo de vergonha, disse que ele podia sair do papel de segurança, de cara malvado.

- Fica a vontade! Está muito calor aqui, fica só de gravata... - comentou a moça atrapalhada.

- Como? - perguntou ele assustado.

- Desculpa! - disse a moça encabulada - Quis dizer que você pode tirar essa roupa social, essa postura de segurança…

Ele desabotoou o paletó, por baixo estava com uma camisa social branca de mangas compridas e começou a desfazer o nó da gravata…

- Mas tira a roupa depois… Você fica muito bonito de social, e é tão difícil te ver assim… De social.. Não bonito… Por que você é um cara bonito… Digo.. Ahh! Você entendeu, né? - assumiu a moça encarando aqueles olhos escuros.

Ele olhava para baixo sem graça e abriu um sorriso dizendo que tinha compreendido. Ela se virou de volta para a mesa e começou a procurar uns papéis. Se arrepiou da cabeça aos pés quando sentiu ele cheirando seu cangote e dizendo que agora estava mais a vontade. Ela se virou e viu o rapaz sem o paletó e a camisa, apenas a gravata pendurada.

- Você queria falar comigo? - perguntou o moço.

Ela, gaguejando, disse sim, que tinha que dar o feedback sobre o dia. Estava apoiada na mesa, suas curvas se salientaram no vestido roxo que usava. Ele se aproximou mais, ela apoiou os braços na mesa e suas pernas se entrelaçaram.

- Qual meu feedback? Quais meus pontos positivos? - perguntou ele novamente.

Ela o segurou pela cintura e ele a sentou na mesa e chegou mais para perto:

- Você é muito rápido, pró ativo.Tem um perfil de liderança! - comentou a moça

Ele abriu as pernas dela devagar e foi se encaixando entre elas suavemente, ela continuou:

- Pelo que estou percebendo agora - falou a moça passando suas mãos pelos braços dele - você tem uma base forte, sólida e sabe muito bem como receber ordens.

O rapaz abriu o cinto, baixou o zíper e desceu sua cueca.

- Você entende bem os olhares da sua equipe, dos seus superiores, e sabe muito bem o que eles querem. E entrega tudo sem demora.

Ele encaixou suas mãos embaixo da bunda da sua supervisora e a levantou, puxando sua calcinha até o joelho, deixando-a cair depois

- Você é excelente em resolver problemas e consegue muito bem controlar a situação.

Ele riu, a encarou e a beijou. Ela o segurou pelo pescoço, soltando um pouco o nó da gravata. Seus dedos subiram pelo pescoço, fizeram cócegas nas orelhas dele e agarraram seu cabelo. Enquanto isso ele passava as mãos nas coxas dela e foi subindo a saia do vestido, foi trazendo o corpo dela para mais perto e passando as pernas da moça por trás dele.

- Você é direto, incisivo, sabe como trabalhar em equipe.

Ele a penetrou bem devagar, ela fechou os olhos, mordeu os lábios e falou:

- Você trabalha bem sob pressão. Intenso.

Ele a abraçou, depois suas mãos fortes subiram até a nuca. Ela agarrou as costas dele, depois desceu para a bunda. Ela permaneceu em silêncio, gemendo baixinho enquanto ele a comia devagar.

Os papéis com relatórios, tabelas e contatos caíram no chão, a mesa tremia, chacoalhava enquanto eles ficavam no vai e vem. Ela o segurou pela gravata e deitou as costas na mesa, ele pegou uma das pernas dela e levantou um pouco, um ângulo em que ele podia ir mais fundo, ela mordeu os lábios e engoliu um gemido, ele sorria sabendo que ela estava curtindo.

Com o polegar ele massageava o clitóris dela, ela revirou os olhos, gemeu mais alto agarrando nas pontas da mesa:

- Gosto...muito... quando você dá atenção para os pequenos detalhes que muitas vezes são o principal do projeto. 

As mãos dele passeavam sob o vestido dela, subiram pela barriga até os seios, onde brincou um pouco, até chegar na boca dela. Ele contornava os lábios dela com um dedo que ela mordeu, lambeu, depois chupou.

A mesa começou a balançar mais, ele se segurou nas laterais e ele ia mais rápido, mais forte, não parava. Ela arranhava as costas dele:

- Você tem uma excelente disposição, está sempre pronto pra ajudar até o final.

Ele se debruçou sobre ela, beijando seu pescoço disse baixinho:

- Morro de tesão quando você me pergunta no rádio se estou na escuta. Sua voz acorda meu... corpo ...inteiro - falou o rapaz penetrando no ritmo das palavras.

Ele gemeu baixo e deitou sob ela que se contorceu inteira com a voz dele, se derreteu, sorriu e respirou fundo.

[ . . . ]

Depois de colocarem as roupas, arrumarem a mesa e os papéis, ela disse:

 - Mês que vem no evento da farmácia dou um feedback completo, este aqui foi parcial.
 - Entendido, TKS! - respondeu ele brincando com o rádio e devolvendo para ela.

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