05 janeiro 2017

Pousada

Havia chegado em São Paulo há poucas horas, saiu do aeroporto e se instalou numa pousada ali perto. Entrou no sobrado, era fim de ano e devia ter uns 2 ou 3 hóspedes dormindo ali, passou pela piscina vazia e quis se jogar, aproveitar o calor forte mesmo sendo umas 21h, passou pela cozinha e foi em direção aos quartos.

O quarto dela ficava no andar de cima, na região da escada tinha um mini jardim, com flores e outras plantas que davam um clima mais verde, cheiroso e refrescante na construção. Subiu a escada lentamente reparando nos detalhes das portas, na escada vazada e na decoração simples dentro de cada quarto. O final da escada dava de frente para um quarto, ela tinha que passar por ele para chegar no seu aposento. Olhou o espaço a meia luz, a janela estava aberta assim como a cortina para entrar um ar, visto que o ventilador ligado não dava conta do calor. Na cama de solteiro havia um rapaz deitado e pelado. Como num quadro ela reparou em todos os detalhes do ambiente: no tom de pele dele, nas tatuagens espalhadas pelo corpo, no peito, braços e perna, e reparou principalmente no membro ereto dele.

Se sentiu num filme erótico, uma voyeur, olhando ele pele fresta da cortina. Coração acelerou e sentiu uma onda quente percorrer seu corpo enquanto ficava excitada. A mochila pesada nas costas e a mala na mão ganharam mais peso com as pernas trêmulas.

Ele estava deitado, relaxado, parecia que não dormia, estava em paz. Era o que ela queria, aquela paz. Se aproximou devagar para vê-lo mais de perto, mas bateu a cabeça na janela fazendo um barulho acordando o rapaz.

Ficou sem ação, sentiu o rosto ficando vermelho e a boca sem palavras. Então sorrindo o rapaz disse:

- Você está vermelha, deve ser o calor. Entra que aqui está mais fresco.

Ela entrou tirando coragem de alguma das bagagens, jogou as mochilas no chão e o corpo na cama. Sentou próximo dele e foi tirando a sandália, ele a ajudou. Depois de desamarrar os calçados dela, acariciou o pé passando a mão pela panturrilha até chegar na parte interior coxa. Foi naquele momento que ela percebeu o porquê o ventilador não dava conta do calor.

Sentiu seu corpo aumentando a temperatura a cada centímetro que a mão dele avançava sobre sua calcinha. Enquanto isso enlaçou suas mãos sobre o pescoço dele e arranhava de leve suas costas. A mão dele devagar foi tirando aquela pequena peça de renda que atrapalhava na expansão do calor. Ela ajoelhou na cama se encaixando no quadril dele e ele encaixou o rosto entre os seios dela. Ela arrancou o vestido e o sutiã junto com a onda quente que percorria seu corpo. As mãos do rapaz pegaram com força suas coxas, passaram pelo bumbum, subiram pelas costas e puxaram seu cabelo, fazendo seu tronco ir para trás e seus seios indefesos para frente, ele aproveitou para mordê-los. Juntou seu peito com o dela fazendo os corpos se unirem e grudarem com o suor de ambos.

Ela passou a mão pelo cabelo dele, segurou seu rosto e o beijou, ele agarrou-lhe pela cintura e a levantou apoiando-a na parede gelada, ela gemeu baixinho quando sua pele quente encostou naquela textura fria.

- Vem comigo que eu sei de um jeito de acabar com esse calor...

Como um adolescente ele saiu correndo do quarto, desceu a escada pulando uns degraus até chegar no deck onde mergulhou na piscina. Ela foi correndo atrás dele, mas não se jogou, parou perto, coração acelerado. Ele a olhou de baixo pra cima e sorriu com malicias, então ela se jogou de cabeça na piscina e naquele mar de segundas intenções do sorriso dele.