Parou seu Celta chumbo na porta da casa dela para deixá-la. Ela arrumava sua bolsa para descer e ele se preparava para fazer o mesmo. Porém, antes de saírem foram surpreendidos por uma viatura da polícia que parou em frente ao carro deles e ligou o farol alto, ofuscando a visão de ambos. Um dos policiais desceu com uma metralhadora na mão, o outro apenas com uma lanterna, enquanto o primeiro pedia para o casal descer do carro. Ambos seguiram as orientações deles; os oficiais revistaram o carro e disseram para terem cuidado, pois, havia acontecido um assalto ali perto e estavam revistando tudo para ver se não havia perigo; pediram para terem cuidado e não ficarem ali de bobeira.
A viatura saiu deixando eles sozinhos e ela com as pernas bambas, as mão e o resto do corpo seguiam o mesmo ritmo. Ele ria e achava graça, era a primeira vez que se viam, então cada momento era uma descoberta fascinante. Ele, como um bom moço, a acompanhou até a porta e foi dar um beijo de boa noite, ela o abraçou forte e sussurrou em seu ouvido:
- Não vou conseguir dormir sozinha esta noite, fica comigo.
Quem tremia agora era ele. Engoliu seco e aceitou o convite, estacionou melhor o carro e entrou na casa dela. Adentrou pela sala e foi dominado por um cheiro doce que parecia o perfume dela. Ela ofereceu algo para beber, mas ele não aceitou, pois, estava satisfeito com o que tinham comido no barzinho antes. Subiram para o quarto. Ela acendeu um abajur no chão e pediu que ele apagasse a luz e fechasse a porta. De costas para ela, ele fez o que foi solicitado. Ela o empurrou contra a porta e disse num tom bravo mandando nele:
- Abre as pernas moleque, que vou te revistar!
Ela começou a apalpá-lo da cabeça até os pés. Foi devagarzinho passeando pelo corpo todo. Massageou a cabeça, sentiu as orelhas e a nuca, ali aproveitou para beijá-lo e mordê-lo. Apertou os ombros e passou para as costas largas e desceu para a cintura. Passava a mão no peito dele e disse:
- Preciso me certificar que você não está armado.
Desceu a mão um pouco mais e apertou-lhe a bunda e foi passando a mão mais para a frente. Era uma arma! Sentiu o perigo arrepiar a espinha.
- Não vai ter jeito! Terei que te prender!
Pegou ele pelos braços e o jogou no sofá no canto do quarto iluminado pelo abajur.
- Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que você disser poderá e deverá ser usado contra você.
Ele ria, jamais pensou que a noite terminaria daquele jeito, ficou mudo e deixou ela continuar:
- Por porte ilegal de armas, você ficará preso por 3 anos, mas pode pagar fiança e sair amanhã.
- Qual a fiança?
- Passar a noite encarcerado aqui comigo!
- Passar a noite encarcerado aqui comigo!
- Ok, eu pago a fiança!