31 julho 2016

Suas palavras me rasgaram a alma com a mesma força e vontade com que eu queria rasgar sua roupa.

Fiquei sem reação ao ouvir aquilo, foi como se o chão embaixo de mim se abrisse. Chão onde queria jogar seu corpo e deitar em cima.

Não me respondeu mais, me deu um gelo, como a parede fria onde queria que tu me jogasse.

Tirou meu ar, fiquei sem fôlego, coração acelerado - nada diferente da noite que passei contigo.

Enquanto te via ir embora, me deixando com dúvidas, pensava que via os dois lados de tudo, então já te imaginava voltando cheio de respostas.

13 julho 2016

Layout


- Sabe o que um designer falou para o outro? "Deixa eu transformar seu rascunho em arte final "- disse ele rindo


Era assim que eles conversavam online. Há anos se conheciam mas só conversavam através de piadas e cantadas baratas. Se divertiam e tinham um carinho, respeito recíproco mesmo sem serem tão íntimos.

- Queria que você juntasse sua camada na minha... - ela falou

- Vem dar um pathfinder nas nossas formas para elas virarem uma só.... Essa conversa está ficando muito erótica..

- Te contei que tenho um blog erótico?

- Oi?

- Eu sempre me senti mais a vontade escrevendo do que criando...

- Me manda o blog!!!!


O blog dela continha algumas crônicas de conteúdo mais erótico e picante, histórias inspiradas nas situações que vivia e em causos de suas amigas.

- E como você se inspira para escrever tudo isso?

- Podemos fazer assim, você me ensina a usar o programa que estou com dúvidas e eu te conto os detalhes daquilo que crio, pode ser?


Ela tinha algumas dúvidas sobre um programa de criação que usava, então usou isso ao seu favor e foi visitar seu amigo. Às 20 horas ele abriu a porta da casa dele e foi surpreendido. Fico de boca aberta. Ela estava de 'colegial': saia azul preta com pregas, camisa branca, laço no pescoço, meia calça cinza e sapatilha pink.

- Boa noite, professor... Me atrasei? - ela falou entrando em ele conseguir reagir.

Sentou num puff, abriu a mochila, tirou um caderno e começou o questionamento:

- Se eu juntar meu corpo no seu, qual é o melhor alinhamento a ser usado?

- Acho que à esquerda, naquele sofá maior.


Ela foi para o sofá com ele a seguindo, ainda surpreso com a situação mas se divertindo.

- A minha sapatilha está na mesma paleta de cor do resto das roupas?

- Você está monocromática, e sua sapatilha é uma cor contrastando do resto...


Ele mal terminou a frase e com os próprios pés, ela tirou o calçado e jogou pela sala...

- Eu tenho outras dúvidas, mas creio que só na prática vou lembrar...


Desta vez foi ela que não terminou de falar, pois ele foi na direção dela e a beijou prensando seu corpo sobre o dela no sofá. Ela agarrava seus cabelos encaracolados enquanto ele passava a mão por debaixo da saia dela. Agarrou sua aluna pela cintura e a trouxe mais perto fazendo com que as pernas dela se encaixassem na coxa dele - ele pressionava o joelho de leve em suas partes, e ele gostava daquela pressão.

As unhas dela rasgavam o pescoço dele e com alguns puxões tirou a camiseta dele. Parou de beijá-lo, pois queria vê-lo. Estava acostumada a pegar meninos magrinhos sem pelos no corpo, diferente do homem que estava de joelhos na sua frente tirando sua meia calça com pressa.

- Aprendi que em muitos anúncios, o logo vai embaixo, para deixar marcado, como uma assinatura - ela disse rindo levantando a saia e mostrando a calcinha com o nome dele escrito a caneta


Ele gargalhou e de leve foi tirando a peça branca de renda:

- Está vou guardar no meu portfólio...

Ainda no sofá ela desabotoava a camisa branca enquanto ele abria o cinto e ficava só de cueca. Ela deitou e ele veio junto no sofá. O beijo estava mais quente, com mais língua e mordidas. A mão quente dele dominava as pernas dela com apertões e carinhos. Ele subiu um pouco mais fazendo seu quadril colar no dela:

- Essa sua impressão alto relevo está em ótima definição - ela falou se referindo ao membro dele

As mãos dele subiam com dificuldades pelas costas delas para abrir o sutiã. Ele beijava o pescoço dela enquanto sua barba raspava aquela pele branca. Mordia de leve os seios dela e com força apertava a cintura. Apertava as coxas com força e beijava de leve a barriga, fazendo carinho com a barba no ventre dela. Ela jamais tinha experimentado aquela sensação, aquela barba na pele e para completar, a língua dele. A língua dele a invadiu como tinta no papel, escorreu por entre suas curvas e a deixou completa.

Os dedos dele invadiram de leve a parte úmida dela e o encaixe fez ela gemer baixinho. Os dedos e a língua eram um ótimo time, tinham sintonia, energia e faziam aquilo que o cliente queria. Ela se agarrava o sofá enquanto ele trabalhava arduamente naquele layout, com movimentos circulares, firmes ou delicados. Às vezes ele parava, a acariciava e voltava mais criativo que antes. Nos últimos momentos se empenhou mais fazendo ela saltar do sofá e agarrá-lo pelo cabelo. Layout aprovado.

Ele sentou no sofá enquanto recuperava o fôlego e ela da arritmia. Ela levantou, ainda usando a saia, e sentou no colo dele, de frente. Se beijaram de forma mais carinhosa, mais delicada, sem pressa, ainda se recuperavam. Aos poucos a força e a vontade foram crescendo. Ela agarrou os cabelos do orientador e ele apertou-lhe a bunda dela.

As unhas da moça dessa vez desceram pelo peito dele se prendendo um pouco em seus pelos. Tocou devagar no relevo embaixo de sua saia e fazia movimentos leves, circulares, subindo e descendo. Mordeu o pescoço dele e foi beijando de lá até o quadril, podendo verificar a qualidade de impressão de perto. Lambeu o rapaz enquanto o tocava e alternava entre movimentos mais fortes com uns delicados. Agora ele agarrava os cabelos dela, ele gostava de controlar e ela da força que ele empunha.

Puxou ela para trás e a deitou no chão, deitando por cima logo em seguida. Agora todas as fases se misturavam: beijos fortes, costas arranhadas, chupões, mordidas. Ele se movimentava em cima dela, e por ser mais pesado do que ela acostumara, ela gemia de um leve desconforto e ele gostava daquele som.

Segurou as mãos dela acima da mesma e a prendeu, nisso ela o agarrou com as pernas, deixando espaço livre ele. O encaixe foi rápido, perfeito e delicioso. As mãos se soltaram e voltaram a pegar ele pelas costas. O movimento de ir e vir ia ficando cada vez mais rápido, mais forte e aumentava os gemidos delas até ela não aguentar mais e soltar um alto e se contrair inteira. Motivado pelo seu gemido, ele agarrou ela com mais força e chegou no seu ápice no minuto seguinte, desmaiando no peito dela.

Pernas trêmulas, coração acelerado, sorriso no rosto. Ele levantou a cabeça, sorriu, e ela disse:

- Acho que o programa travou, vamos ter que fazer o layout novamente...

08 julho 2016

Drible

Estava naquele tédio de rolar o mouse para baixo a procura de alguma coisa interessante no Facebook para ler. Surgiu uma notificação que uma página esportiva iria fazer uma transmissão ao vivo, como seu time ia jogar em pouco tempo, ela clicou para saber do que se tratava.

A semifinal do campeonato, que seu clube há tempos não chegava, não importava mais, apenas o repórter esportivo que fazia uma 'live' da sala de imprensa falando sobre o jogo.

Ele era lindo mesmo, ou era a carência, tpm, falando mais alto? A voz dele era uma delícia, ou ela estava ficando louca? O Lugano não ia jogar ou tava ouvindo coisas?

Aumentou o som e ouviu atentamente qualquer coisa que ele dizia, anotou nome, sobrenome e foi buscar mais sobre ele naquele canal, e em outras mídias sociais. Não encontrou muita coisa, mas viu sobre a agenda da equipe e próximos jogos que eles iam transmitir.

- - -

Contou os dias para o final de semana e foi até o estádio onde teria uma partida do outro campeonato. Seguiu até o estacionamento e procurou a van com o logo do canal, eles finalizavam uma chamada externa e estavam arrumando os equipamentos. Aproveitou que toda a equipe estava longe e chegou perto, um pouco sem jeito e chamou o repórter, que ficou sem entender. Explicou que tinha mandando mensagem para ele, dias antes fazendo uma aposta de quem passaria a semifinal, ele sorriu maldosamente e falou:

- Eu disse no ar que se o time da casa ganhasse, eu tiraria a camiseta.

- Eu comentei dizendo que se perdesse eu ficaria nua. - falou já sentindo sua bochecha ficar vermelha

- Foi 2x0... Acho que você perdeu...

- Vim aqui pagar a aposta
- disse ela indo em direção a ele e subindo no caminhão de transmissão.


Boquiaberto, ele apenas fechou a boca, a porta da van e sentou em uma das cadeiras. Ela riu vendo toda a aparelhagem atrás dele, cada monitor mostrando um ângulo diferente, os botões coloridos piscando e a voz dos locutores no estádio ecoando dentro daquele espaço pequeno.

- Coloquei a blusa vermelha em homenagem a meu time, agora vou tirá-la para você...

E na trilha começou a tocar o Hino Nacional, ambos riram e ela começou a tirar a camiseta conforme aquele ritmo retumbante. Dançava devagar encarando ele, e desabotoando cada botão como se fosse um passe preciso da bola para seu companheiro. O último botão foi aberto como a zaga adversária antes do primeiro lance de perigo.

- E começa a partida! - disse o narrador na tv.

Jogou longe o manto vermelho e virou de costas para ele driblando a vergonha. Enrolou como quem cobra um escanteio e abriu o zíper da calça lentamente e tirou a peça jeans que colava o corpo, e ficou apenas de calcinha e sutiã: a parte de cima preta e a de baixo, branca:

- Sou tricolor desde criancinha...

- Agora até eu sou - disse o repórter rindo


Ela se aproximou e sentou no colo dele, ele gemeu de dor dizendo:

- É falta perigosa! Amarelo!

Ele a segurou com força, suas mãos grudaram na pele dela como quem defende um pênalti decisivo. Massageava aquela pele nua enquanto beijava-lhe o pescoço e apertava suas costas. Ela o segurou pelo cabelo e acompanhava de perto aquela transmissão.

O time dele foi para o ataque, seus dedos subiram as costas dela pelo esquema 4-3-3 até chegar na área do sutiã. Com o time oposto pego de surpresa, passaram pela defesa perdida e fizeram um gol, jogando o sutiã longe para comemorar o feito.

Ele mordia-lhe o pescoço e lábios. 15 minutos do primeiro tempo, ela tinha que contra atacar. Suas unhas arranharam as costas dele, de cima até embaixo e tirou a camisa dele. Sentiu o time dele acordar depois desse movimento. Ele a levantou e a deitou na camiseta recém jogada no chão. Voltou a beijar os lábios da moça, desceu para o pescoço, seios e barriga. Mordeu. Apertava sua cintura enquanto sua mão gelada descia para tirar a calcinha branca. Beijou-lhe as partes e arrepiou - na trave!!

O centro avante dele estava cara a cara com o último dela, ambos faziam uma dança coreografada. O artilheiro dançava, driblava, zigzag, subia e descia, deixando o goleiro louco, perdido, atordoado - foi um golaço!

- 1x0 - falou o narrador da tv

Mordeu-lhe as coxas e foi subindo novamente até olha-la nos olhos. Ela ofegante, vermelha e descabelada. ele tirou o cabelo do rosto dela e deitou. Ela levantou, vestiu a calça, pegou a camiseta enquanto ele olhava sem entender. Sorrindo, ela disse:

- A aposta era para eu ficar nua, o resto ganhei de brinde... Parece que o jogo virou, né ?


- Olé!
- gritou a torcida depois de um drible