30 janeiro 2022

[FESTA]

Era uma festa formal, um baile talvez - me lembro poucas coisas desse sonho - me recordo que o evento era na cobertura de um prédio no centro da cidade, arquitetura clássica, europeia, estilo Edifício Martinelli. Eu saí para tomar um ar, a noite de verão me surpreendeu com ventos bem gelados em pleno janeiro, fazendo a saia do meu vestido longo na cor pêssego se levantasse um pouco. Segurei ele e um pouco do meu cabelo.
.
Você chegou, falou algo comigo. Conversamos. Virei de costas para você e me aproximei do parapeito. Você chegou por trás e me arrepiou mais que a brisa noturno. Perguntou do meu arrepio e eu brinquei que era apenas frio. Suas mãos subiram até meus braços e me aqueceram, senti seu calor atravessando minha pele. Inclinei levemente meu pescoço para trás que perfeitamente se encaixou com o seu. Você começou beijá-lo, senti sua barba roçando meu pescoço, eu ria. Suas mãos deslizaram delicadamente dos meus braços até minhas costas nuas por conta do vestido frente única, depois foram até a cintura, você me puxou brutalmente para mais perto, colando meu quadril no seu - e mesmo depois de muito tempo, você se lembra do jeito que eu gosto: mesclando o delicado com o bruto, o romântico com o safado, o amor com o sexo.
.
Arranho a lateral das suas coxas em cima da calça, sinto seu volume pulsando na minha bunda; o frio não existe mais, apenas calor e calor.
Suas mãos vão levantando lentamente meu vestido, enquanto uma delas segura a saia, a outra passeia por cima da minha calcinha já ficando úmida. Seus dedos passeiam pela virilha, depois pelos grandes lábios, fazem estremecer meus pequenos lábios e fazem sucesso no clitóris. Você me fala baixarias no ouvido, eu rio abrindo o zíper da sua calça, abaixo a cueca do jeito que dá e tiro seu membro pra fora. Você sente que estou lubrificada e vai me deixando mais molhada a cada toque, a cada palavra, eu mordo os lábios e sinto outro arrepio.
.
Eu me inclino e apoio no parapeito, te toco mais rápido, você acompanha minha velocidade com seus dedos. Sinto choques. Fala mais. Faz rápido. Forte. Me aperta. Coloca. E você me penetra com seus dedos. Mais rápido. Mais forte. Enfia. Não os dedos. Penetra. E me penetrou. Começou a me comer ali mesmo. Gemi baixinho só pra cidade que nos observa ouvir. Queria sentir seu corpo colado no meu, tentei abrir os botões da sua camisa, mas acabei estourando alguns, você entendeu o recado e colou seu peito suado nas minhas costas. Meus seios se apoiam no parepeito, eu arranho o concreto da estrutura. Mais rápido. Mais forte. Enfia. Agora você me come e me toca. Eu começo a gemer mais alto, quero arrancar minha roupa, tirar tudo. Mais. Você para tudo, puxa meu cabelo para trás, me tortura parando toda a movimentação, quer que eu peça, eu peço imploro, quase ajoelho e você continua mais forte, mais rápido, eu gemia só na sua orelha. Mais forte. Enfia. Mão, não! Coloca atrás. Você para, morde os lábios, me coloca apoiada no parapeito na melhor posição. Seu pênis molhado desliza por mim e me penetra devagarinho. Sinto minhas pernas bambeando. Tu me conhece e sabe, vou gozar logo. Você me come com gosto, com fome, com vontade, me aperta os seios, as coxas, aperta todo meu corpo. Se apoia no parapeito e começa a gemer na minha orelha. A gente está num ritmo sincronizado, de pulsação e gemidos. Começo a me tocar, sinto um comichão, peço baixinho e você diz aquilo que gosto; dou um último gemido escorrendo de prazer, você se excita, puxa meu cabelo e goza sorrindo para a lua que nos ilumina.
.
Arrumo minha calcinha, meu vestido. Te olho frente a frente pela primeira vez depois de um tempo, sorrio envergonhada, te ajudo a abotoar o que sobrou da sua camisa, você arruma meu cabelo, e me dá um beijo de leve. Se despede dizendo que foi bom me ver. Eu sorrio, olho para as estrelas e penso, isso não foi um sonho.