23 dezembro 2018

Banheira


São Paulo, 21 horas de noite, 30 graus, o verão começou de vez.

Ele chegou em casa, pedi que fechasse os olhos e o fui guiando pela sala. Deixei ele de pé enquanto soprava seu pescoço um sopro gelado, soprei um pouco do peito que surgia na abertura da camisa. Abri mais alguns botões, depois desci minhas mãos pela cintura, passei pela coxa, joelho e cheguei até os pés. De joelhos a sua frente apoiei seu pé na minha coxa e desamarrei seu tênis e tirei sua meia devagar, depois tirei do outro pé.

Minha mão voltou a passear por suas pernas, como uma revista policial fui revistando cada centímetro de sua perna, até chegar no volume que crescia embaixo do zíper.

Abri os botões da sua camisa debaixo e fui subindo, abrindo os botões e soprando um ventinho gelado na sua pele suada. Fui levantando apertando meus seios sobre seu corpo, ao chegar no pescoço te dei um beijo e mordi sua orelha.

Você ainda estava de olhos fechados, peguei suas mãos e lentamente te puxava em direção ao banheiro, te parei na porta, erguei suas mãos e te fiz segurar no batente dela. Pressionei meu corpo no seu, abri o zíper da sua calça e a fui tirando devagar. Arranhei suas pernas enquanto subia para tirar sua cueca. Sua camisa caiu no chão pouco depois.

Seus olhos fechados não viam a decoração do banheiro, luzes apagadas e algumas velas acesas, ao fundo uma música inspirava o clima.

Te ajudei a sentar na banheira, coloquei uma toalha úmida sob seus olhos, te refrescando e deixando mais surpresas no ar.

Tirei o meu vestido, fiquei nua e me ajoelhei na sua frente, me encaixei entre suas pernas. Do armário segurei um vasilhame cheio de gelo. Peguei um e passei de leve na sua testa, passei pelas orelhas, nuca - te causando arrepios, boca e desci para seu peito. O gelo derretia no seu mamilo, te fazendo morder os lábios e segurar na banheira.

Peguei outro vasilhame, desta vez com morangos, mordi um e te dei na boca, o doce da fruta se misturava com o salgado do suor da sua pele.

Com outro gelo brinquei com sua barriga, desci pela virilha e congelei seu órgão ereto, você gemeu enquanto eu brincava com a cabeça dele. Segurei mais dois gelos para esfriar a sola dos seus pés, calcanhares, canelas, joelhos, coxas, virilha. Depois dos percursos os gelos caiam e derretiam no fundo da banheira.

Com você todo molhadinho e gelado, fui para a parte dois da missão de te deixar mais refresquinho.

O gelo deixou um caminho de água por todo o seu corpo, assoprei todos esses mini rios baixando a temperatura do seu corpo.

A parte três da missão era fazer você ficar quente de novo.

Te dei outro morango, misturando os nossos sabores, nossas línguas, nosso suor.

Começando pelo pé, fui te lambendo pedaço por pedaço por toda extensão que a água escorreu. Lambi seus pés, pernas, sequei seu joelho e cheguei na virilha. Sequei seu pinto com algumas lambidas, depois o coloquei inteiro na boca. Para garantir que ele ficasse bem seco, o chupei algumas vezes - mas ele só ficava mais molhado.

Beijei sua barriga, subi pro peito e te beijei na boca, permiti que você me tocasse e por vingança pegou um gelo escorrido e jogou em minhas costas.

Segurei seu membro e me posicionei em cima, fui me penetrando devagar, sentia sua pele ainda úmida e gelada por conta do gelo. Lentamente eu descia e subia, ao som da música ia dançando em cima de você. Você apertou minhas coxas e agarrou forte minha bunda enquanto eu aumentava a velocidade do movimento.

Seus dedos alcançariam um gelo e passaram pelas minhas pernas até encontrar meu clitóris, gemi alto, mordi os lábios, me arrepiei de endurecer os mamilos. Me curvei para frente e encostei peito no peito. Te beijei de novo sem deixar de brincar de sobe e desce.

Suas mãos puxaram meu cabelo para trás, você tirou a toalha do rosto, segurou as minhas costas e foi se levantando. Me deitou no chão gelado da banheira, abriu bem minhas pernas, uma ficou colada na parede e outra quase caindo da banheira. Sorriu seu sorriso mais safado e me penetrou devagar.

Enquanto eu fechava os olhos de prazer, você se aproximava de mim. Veio forte, rápido e intenso. Eu gemia alto, cravava minhas unhas nas tuas costas e curtia sua pele colada na minha.

Os gelos e as velas já haviam derretido, o calor predominava, nossas peles estavam quentes, suadas, coladas.

Você acelerou, me penetrava mais fundo, mais forte. Eu me tocava no mesmo ritmo, tentando te acompanhar.

Você contraiu todos os seus músculos, revirou os olhos e disse que ia gozar, seu anúncio me excita mais e me deixa num ponto de ebulição. Você tirou de dentro de mim e para minha surpresa, gozou na minha barriga e riu. Com os dedos livres me ajudou a me tocar, enquanto eu circulava pelo clitóris, você me penetrava com os dedos; gozei na terceira dedada.

Você deitou em mim e deixamos nossa respiração voltar ao normal. Alcancei um morango e te dei na boca, roubei outro pra mim.

Aproveitamos que estávamos na banheira e tomamos um banho gelado, para limpar a bagunça e agradecer o verão.

19 agosto 2018

Sonho

Sonhei com você esta noite - ou quis sonhar. Acordei com seu rosto, com seu sorriso e fiquei mais leve, mais em paz.

Me espreguicei e lembrei do seu sorriso meio tímido, um pouco safado - do jeito que eu gosto.

Saí da cama querendo me enrolar nos lençóis, fazer você se materializar embaixo das minhas coxas e sentir seu calor subindo pelo meu corpo.

Levantei, me apoiei na parede gelada, senti o frio nas minhas costas, queria você pressionando meu corpo, beijando meu pescoço, minhas pernas fraquejaram.

Saí segurando no batente da porta querendo, minhas unhas arranharam a madeira da porta, marcando minha agonia de não te ter aquela noite.

Entrei no banheiro, tirei a camisola e a calcinha, e tomei um banho... Devia ter sido gelado para apagar o fogo que sentia ao pensar em você.

09 julho 2018

*DIÁLOGO*

Sonhou com ele mais uma vez. Era estranho, nunca o tinha visto ao vivo, mas acordou com a sensação de que estavam juntos naquela noite.

Começou a acompanhar seus vídeos no Youtube e suas postagens no Instagram há pouco tempo, porém já admirava alguns dos seus pensamentos e posicionamentos.

Fisicamente não fazia o tipo dela, acostumada a ficar com caras magros quase esqueléticos, ter tesão nele era algo novo, interessante e fazia parte de um processo de amadurecimento. Era bem alto, grande e com uma barba enorme - ela que nunca gostou de barbados, estava louca para que ele roçasse seus pelos em suas partes íntimas. Era todo tatuado, com voz rouca e tinha explosões de raivas em alguns vídeos do seu canal - ela bem que queria conhecer essa explosão, essa energia ao vivo. Ele soltava o cabelo comprido, e fazia o estilo lenhador, bruto, calado, às vezes bêbado com sorriso safado no rosto. Ela o olhava de novo e pensava: porque ele me atraí tanto? Devia ser o conjunto todo, não estava acostumada com aquele tipo de homem que fala o que pensa, que age.

Segunda-feira era o dia que saía vídeos sobre "conselhos" em outro canal que ele participava, muitas vezes sobre sexo e é aí que ela pirava, pensava nele e nas coisas que ele dizia. Depois dos conselhos era quando ela sonhava. Acordava com o coração acelerado, com pensamentos confusos e com a calcinha molhada... Quando era mais jovem sempre quis saber como era sentir o peso de um corpo sobre o seu, mas e aquele corpo? Saberia ela lidar com um homem tão experiente quanto ele?

Queria que ele a amarrasse na cama, deixando-a só de lingerie, enquanto ele passasse seu taco, conhecido como "diálogo" pelo seu corpo. Começando pela cabeça, descendo pelo rosto, passando pelo pescoço, circulando os seios, fazendo cócegas na barriga e parando na extremidade da calcinha. Ali faria uma pressão de leve fazendo ela morder os lábios, revirar os olhos.

Ela sabia que esse sonho jamais viraria realidade, então assistiria aos vídeos apenas para se inspirar e excitar, mas sempre pensando que algum dia podia ser real, para ela falar no ouvido dele: vem dialogar comigo.

11 junho 2018

Sereia

Queria ser essa sereia tatuada no teu antebraço, assim poderia nadar por todo seu corpo.

A noite subiria para dormir no aconchego do teu peito. De manhã nadaria até seu pescoço para ver os lugares por onde você iria, e te faria massagens ao longo do dia. Nas suas costas boiaria para te proteger; a tarde ficaria na preguiça acariciando sua barriga e no fim da noite te provocaria fazendo cócegas na tua virilha.

Passearia pelo teu corpo te conhecendo, te protegendo e te fazendo afagos. Entoaria meu canto para te inspirar, pentearia meus cabelos pra te fazer dormir e dançaria para te seduzir.

Quando você quisesse, voltaria para o teu braço para te dar forças e ficar quietinha, porém é só pedir que me materializo na sua frente para que você me capturasse com suas lentes.

Seu corpo será o oceano que vou para sempre mergulhar, te agradeço por me tatuar e me deixar atravessar suas águas

08 maio 2018

Piercing

- Deixa eu lamber seu piercing aí, na amizade! - falou a garota jogando o rapaz na parede.

Se conheciam há um tempo, se falavam pouco então não tinham muita intimidade, mas ela sempre teve vontade de beijar um cara com piercing. O dele era estrategicamente posicionado na pele acima dos dentes, o que a fazia imaginar muitas coisas.

O rapaz engoliu em seco, com o coração acelerado e as pernas trêmulas. Ela avançou como uma pantera e pressionou seu corpo em cima do dele contra a parede. Agarrou os pulsos do menino e o deixou preso, uma das suas coxas penetrou entre as pernas dele, sentindo seu membro acordando.

Chegou de mansinha mais perto, sentiu o perfume atrás da orelha direita e foi passeando com o nariz pelo pescoço até a outra orelha, que recebeu uma mordida. Ele sentiu um calafrio, se estremeceu, mordeu os lábios. O nariz dela saiu detrás da orelha e sem desencostar da pele foi até a bochecha, depois até encontrar com o nariz dele - que sorria de olhos fechados. 

Com a ponta da língua lambeu a ponta do nariz dele e foi descendo até a boca, ele tentou mordê-la, porém ela não deixou. Lambeu o lábio superior dele, depois o inferior, sua língua passeou por toda a boca do rapaz num movimento circular, terminando aonde havia começado. Sua língua se encontrava entre os lábios dele, pedindo permissão para entrar. Ele riu e abriu a boca. Ela encostou nos dentes dele, depois subiu e roçou naquela argola de aço. Tinha medo de machuca-lo então brincava bem devagar, subindo e descendo com seu piercing e dançando de um lado para o outro. Seus corpos ficam mais próximos, depois de brincar com o piercing, chupa o lábio superior dele que responde mordendo o dela.

Ela abre os olhos, solta os pulsos dele e sorri dizendo "obrigada".

- Como obrigada? Você vai embora? Vai me deixar? - falou surpreso o rapaz.

- Sim, eu só queria lamber seu piercing, o resto foi de brinde.

30 abril 2018

Corrida

Era uma noite de outono, tempo seco, mas com vento gelado que me cortava as pernas, péssimo dia para se usar saia. Passava da meia noite quando cheguei ao ponto de ônibus, pelo que li na placa, havia perdido meu transporte há uns 10 minutos.

Meu celular era antigo, tinha pouca memória livre, tentei em vão baixar um aplicativo de táxi ou uber. Caminhei até ali perto, tinha um ponto de táxi que ficava em frente a estação de trem. Por ali ainda tinham algumas pessoas saindo do último trem, esperando carona - será que peço ajuda?

Um táxi parava devagar no ponto - minha esperança até acordou - quando eu andava até ele, uma moça abriu a porta e eu a boca, e antes de entrar me perguntou:

- Você quer dividir? Vou aqui perto.

Sem fechar a boca eu balancei a cabeça de forma positiva. Tudo aconteceu tão rápido que parecia cena de pegadinha. Sozinha a noite, sem carona e quando ela chega, desaparece.

A moça explicou ao motorista aonde ir, eu conhecia pouco e sabia que era perto de onde eu iria, então em 20 minutos eu estaria em casa.

Era uma situação um pouco constrangedora, ali no táxi com uma desconhecida, olhei para ela de canto de olho, e ela falou:

- É um pouco constrangedor mas é uma situação cômica, daria uma ótima história no futuro.

No rádio uma música pop dos anos 90 me transportava para o passado, cantarolei baixinho o refrão, enquanto ela cantou a todo pulmão. Eu ri e cantamos juntas. Nossos olhos se cruzaram e ali naquele segundo, me senti em paz, segura, como se eu já a conhecesse há tempos e todo aquele clichê que vem junto.

Apesar do caminho que íamos fazer era curto, encontramos uma obra no caminho que nos deixou parada por meia hora na avenida. O taxista foi gentil e parou o taxímetro. Nesse tempo pudemos conversar um pouco mais.

Ela colocou a mão na minha coxa, dava para sentir a diferença da temperatura entre nos duas, senti o calor da pele dela irradiando pela minha perna. Engoli seco, coração acelerou - o que era isso que eu sentia?

- Quer ir numa festa comigo? É no apartamento de um amigo, bebidas, comidinhas, música boa. Vamos aproveitar esta sexta-feira? - falou ela sem tirar a mão de mim.

Eu não tinha o que perder, ia pra casa ver filme e dormir. Disse que só iria se rolasse música dos anos 90, ela riu e falou que ia providenciar.

No flashback da rádio agora tocava uma música lenta, para acalmar os ânimos - era o que eu inocentemente pensava. Depois de se aproximar de mim, ela sussurrou no meu ouvido:

- Essa música é boa para dormir abraçadinho, depois de ter transado muito. - falou subindo sua mão em direção da minha calcinha. Seus dedos passaram pela minha virilha e pousaram em cima do meu sexo. - Gosto assim quando está começando a ficar molhadinha.

Olhei para ela com minha respiração ofegante, não sabia o que dizer, aquilo estava muito bom, meus hormônios estavam batendo no teto, eu nunca tinha ficado com uma mulher, mas eu precisava experimentar aquela. Tudo estava nos conectando, a energia estava muito boa, a sexta estava chamando a gente para ficar juntas. Engoli em seco. Minha mão tocou a face dela, meus dedos roçaram seus lábios depois passearam até seu pescoço, nuca, a trouxe a mais perto de mim, até ficarmos a pouco centímetros.

Seus dedos me tocaram em cima da calcinha, me massagearam, círculos leves alterando com mais intensos, desceram aonde eu estava mais úmida e subiram, um movimento que ela repetiu algumas vezes. Mordi os lábios. Ela continuou me provocando, seus dedos voltaram para minha virilha, sentiram a renda da minha calcinha e foram tocando a minha pele até chegar nos meus pelos e no meu clitóris que gritava por ela. Gemi baixinho e me contorci, ela beijou meu pescoço e me deixava mais molhada. Eu segurava na porta querendo gritar, olhava para o espelho ver se o motorista estava de olho na cena, quando ele disse:

- Vou pegar um atalho para ir mais rápido.

- Gosto de mais rápido - falou ela acelerando o movimento.

O táxi parou no prédio dela que pagou com cartão e desceu; minhas pernas trêmulas quase me impossibilitaram de descer. Entramos pela portaria, ela pegou minha mão e me levou para um corredor escuro, passamos por aviso que dizia "playground fechado por motivos de obra", então me puxou e me colocou sentada num balanço de ferro. Tirou a blusa que usava e ajoelhou em cima de frente para mim, empurrou de leve o balanço e quando eu cheguei perto ela colocou a mão dentro da minha saia e tirou minha calcinha. Com uma vontade incrível, ela me abocanhou e sua língua passeou em mim. Seus dedos me tocaram de leve, depois penetraram em mim quando ela viu  que eu estava bem molhada. Sua língua fazia movimentos e tremores que nunca tinha sentido. Ela tirou a boca, a meia luz que estávamos, a vi lambendo os lábios e sorrindo. Com o dedo indicador e o médio enfiando forte e rápido dentro de mim, me segurava nas correntes do balanço. Sua língua grudou de novo no meu clitóris que já estava excitado, exposto, para fora, ela o chupava, e molhava bem. Passei minha perna pelo pescoço dela, que passou uma mão por trás e apertou minha bunda. Ela me estimulava de todos os jeitos. Senti um calor crescente vindo da minha buceta e me dominou inteira. Gozei e gemi alto em cima de um balanço infantil.

Ela sentou no gira-gira, agora era minha vez de fazê-la girar.