30 abril 2018

Corrida

Era uma noite de outono, tempo seco, mas com vento gelado que me cortava as pernas, péssimo dia para se usar saia. Passava da meia noite quando cheguei ao ponto de ônibus, pelo que li na placa, havia perdido meu transporte há uns 10 minutos.

Meu celular era antigo, tinha pouca memória livre, tentei em vão baixar um aplicativo de táxi ou uber. Caminhei até ali perto, tinha um ponto de táxi que ficava em frente a estação de trem. Por ali ainda tinham algumas pessoas saindo do último trem, esperando carona - será que peço ajuda?

Um táxi parava devagar no ponto - minha esperança até acordou - quando eu andava até ele, uma moça abriu a porta e eu a boca, e antes de entrar me perguntou:

- Você quer dividir? Vou aqui perto.

Sem fechar a boca eu balancei a cabeça de forma positiva. Tudo aconteceu tão rápido que parecia cena de pegadinha. Sozinha a noite, sem carona e quando ela chega, desaparece.

A moça explicou ao motorista aonde ir, eu conhecia pouco e sabia que era perto de onde eu iria, então em 20 minutos eu estaria em casa.

Era uma situação um pouco constrangedora, ali no táxi com uma desconhecida, olhei para ela de canto de olho, e ela falou:

- É um pouco constrangedor mas é uma situação cômica, daria uma ótima história no futuro.

No rádio uma música pop dos anos 90 me transportava para o passado, cantarolei baixinho o refrão, enquanto ela cantou a todo pulmão. Eu ri e cantamos juntas. Nossos olhos se cruzaram e ali naquele segundo, me senti em paz, segura, como se eu já a conhecesse há tempos e todo aquele clichê que vem junto.

Apesar do caminho que íamos fazer era curto, encontramos uma obra no caminho que nos deixou parada por meia hora na avenida. O taxista foi gentil e parou o taxímetro. Nesse tempo pudemos conversar um pouco mais.

Ela colocou a mão na minha coxa, dava para sentir a diferença da temperatura entre nos duas, senti o calor da pele dela irradiando pela minha perna. Engoli seco, coração acelerou - o que era isso que eu sentia?

- Quer ir numa festa comigo? É no apartamento de um amigo, bebidas, comidinhas, música boa. Vamos aproveitar esta sexta-feira? - falou ela sem tirar a mão de mim.

Eu não tinha o que perder, ia pra casa ver filme e dormir. Disse que só iria se rolasse música dos anos 90, ela riu e falou que ia providenciar.

No flashback da rádio agora tocava uma música lenta, para acalmar os ânimos - era o que eu inocentemente pensava. Depois de se aproximar de mim, ela sussurrou no meu ouvido:

- Essa música é boa para dormir abraçadinho, depois de ter transado muito. - falou subindo sua mão em direção da minha calcinha. Seus dedos passaram pela minha virilha e pousaram em cima do meu sexo. - Gosto assim quando está começando a ficar molhadinha.

Olhei para ela com minha respiração ofegante, não sabia o que dizer, aquilo estava muito bom, meus hormônios estavam batendo no teto, eu nunca tinha ficado com uma mulher, mas eu precisava experimentar aquela. Tudo estava nos conectando, a energia estava muito boa, a sexta estava chamando a gente para ficar juntas. Engoli em seco. Minha mão tocou a face dela, meus dedos roçaram seus lábios depois passearam até seu pescoço, nuca, a trouxe a mais perto de mim, até ficarmos a pouco centímetros.

Seus dedos me tocaram em cima da calcinha, me massagearam, círculos leves alterando com mais intensos, desceram aonde eu estava mais úmida e subiram, um movimento que ela repetiu algumas vezes. Mordi os lábios. Ela continuou me provocando, seus dedos voltaram para minha virilha, sentiram a renda da minha calcinha e foram tocando a minha pele até chegar nos meus pelos e no meu clitóris que gritava por ela. Gemi baixinho e me contorci, ela beijou meu pescoço e me deixava mais molhada. Eu segurava na porta querendo gritar, olhava para o espelho ver se o motorista estava de olho na cena, quando ele disse:

- Vou pegar um atalho para ir mais rápido.

- Gosto de mais rápido - falou ela acelerando o movimento.

O táxi parou no prédio dela que pagou com cartão e desceu; minhas pernas trêmulas quase me impossibilitaram de descer. Entramos pela portaria, ela pegou minha mão e me levou para um corredor escuro, passamos por aviso que dizia "playground fechado por motivos de obra", então me puxou e me colocou sentada num balanço de ferro. Tirou a blusa que usava e ajoelhou em cima de frente para mim, empurrou de leve o balanço e quando eu cheguei perto ela colocou a mão dentro da minha saia e tirou minha calcinha. Com uma vontade incrível, ela me abocanhou e sua língua passeou em mim. Seus dedos me tocaram de leve, depois penetraram em mim quando ela viu  que eu estava bem molhada. Sua língua fazia movimentos e tremores que nunca tinha sentido. Ela tirou a boca, a meia luz que estávamos, a vi lambendo os lábios e sorrindo. Com o dedo indicador e o médio enfiando forte e rápido dentro de mim, me segurava nas correntes do balanço. Sua língua grudou de novo no meu clitóris que já estava excitado, exposto, para fora, ela o chupava, e molhava bem. Passei minha perna pelo pescoço dela, que passou uma mão por trás e apertou minha bunda. Ela me estimulava de todos os jeitos. Senti um calor crescente vindo da minha buceta e me dominou inteira. Gozei e gemi alto em cima de um balanço infantil.

Ela sentou no gira-gira, agora era minha vez de fazê-la girar.