08 novembro 2014

Calor

Deitou de bruços enquanto eu tirava seu tênis, sua meia. Fazia um charme com sua camiseta e me aproveitava tirando sua calça.

Relaxe um pouco, feche os olhos, respire, inspire. Não é pra levantar, nem olhar para trás, já disse que é surpresa.Vou aumentar o som e te deixar só por um instante. Ao mesmo tempo que me preparo, enrolo mais um pouco pra te deixar curioso.

Voltei e você estava deitado a minha espera, do mesmo jeito quando eu sai. Eu pensei que não fosse gostar, mas estou adorando tomar conta da situação. Desta vez, eu que mando. 

Me ajoelhei ao seu lado e pedi que não se assustasse. Peguei uma pedra de gelo e passei pelas suas costas. Você gemeu baixinho, suspirou fundo e eu abri um sorriso de satisfeita. 

O calor surgiu de repente na cidade seca. Todos os esforços eram para combatê-lo. 

O gelo derretia nas suas costas tão rápido quanto meu coração batia. Passei de um ombro até o ombro, voltei para a coluna e lentamente fui descendo, sentindo o gelo saltar vértebra por vértebra até o cóccix. Deixei o gelo preso em sua cueca para terminar de derreter. 

Quase deitada em você, lambi o que restava do gelo nas suas costas, fiz com que minha língua percorresse o caminho que a água fizera. 

Peguei outro gelo e o deslizei pela sua nuca, pelas suas orelhas e em um pouco do seu cabelo. Desta vez, retirei o excesso com a ponta dos dedos. O gelo seguinte passou da planta dos pés até a parte interior da coxa, onde seu músculo contraiu involuntariamente por conta daquele friozinho.

Ele se virou , deitou as costas no colchão. Admirei seu peito e seu sorriso incrível, que me derreteu mais fácil que o gelo.

Sentada em seu quadril com as mãos dele em minhas coxas, fui pegar mais um gelo, porém, fui impedida. 

Ele me virou, me jogou no colchão e deitou-se em cima de mim, pegou o último gelo e deslizou pelo meu decote abaixo, agora era eu que sofria.

Com a falta de água na cidade, é melhor não abusar: economizar água e aproveitar o calor como se pode.