19 setembro 2016

Extravagance

Havia passado a tarde com mais cinco amigas numa boutique de produtos eróticos. A conheceu online viu algumas fotos da loja e achou interessante. Sempre teveaquele preconceito com esse tipo de estabelecimento, pois a maioria é voltado para o pornográfico e você já se imagina entrando na loja e levando uma pintada de borracha na cara - porém, nessa loja era diferente.

Era simples, bem decorada e organizada. Os produtos que poderiam assustar, aqueles de couro para o pessoal masoquistas, eram colocados nas prateleiras altas, longe da altura dos olhos e dos sustos do coração.

Vibrador, consolo, gel, óleo para massagem, para beijar, para dar cheiro, lingerie, algemas, livros e uma porção de outras coisas que elas se divertiam olhando, imaginando e perguntando para a simpática atendente que respondia tudo com atenção e sempre dando ótimas dicas e compartilhando experiências.

Por ter indicado a loja para as amigas, a moça ganhou delas um kit que vinha em uma embalagem transparente em formato de coração, tinha uma calcinha, um dado de posições e um óleo de massagem.

Chegando em casa, fotografou seu kit e postou no instagram com a legenda "pronta para brincar". Algumas horas depois tinha algumas curtidas, comentários e leu um que te interessava:

- Vai brincar com quem? Esse jogo é bom a dois! - disse um rapaz que apenas conhecia online e achava uma graça


Na mensagem privada ela respondeu dizendo que não tinha com quem brincar, que o kit ganhou das amigas.

- Não pode desperdiçar um presente assim. - ele disse

- Se quiser eu dou pra você!

- Eu quero! 

Ela sabia onde ele trabalhava e o surpreendeu na saída do expediente no dia seguinte. Admirado com ela, perguntou boquiaberto o que ela fazia ali, reparando no vestido verde e curto que usava.

- Vim aqui 'dar' para você... Não era o que queria?!


Ele ria do duplo sentido e a chamou para um hotel ali perto, ele receoso e ela rindo por dentro. Ao chegar lá ele sentou na cama depois de abaixar a luz, e ela tirou de dentro do decote o dadinho de posições e disse:

- Pronto para brincar?

- Pronto!


O dado quicou no colchão e caiu com uma face voltada para cima, a posição era o homem embaixo, mulher em cima e de costas - posição que ela adorava. Tirou o vestido devagar e foi na direção dele usando apenas a lingerie. Ele reparou na 'calcinha do kit' enquanto ela beijava o pescoço dele, em troca ele acariciou-lhe as coxas. Ela sentou no colo do rapaz fazendo suas coxas apertarem as dele, sentia que ele estava excitado e isso a animava.

As mãos masculinas percorreram as costas da moça até abrir o sutiã rendado. Os seios dela apontavam para ele que os beijou com vontade, às vezes mordia devagar.

Ela segurava a cabeça dele passando os dedos pelo cabelo liso daquele que a beijava. Os dedos passaram do pescoço até chegar na gola da camiseta, puxou devagar para tirá-la Se ajoelhou para desamarrar o tênis do moço, ele por sua vez tirava o cinto, abria o zíper e ia descendo a calça jeans.

Ainda de joelhos ela passava a mão nos tornozelos dele e ia subindo, passando as pontas dos dedos na pele dele, o deixando arrepiado. Depois de passar pelo joelho e coxa, chegou na virilha, onde assoprou gentilmente, enquanto suas mãos massageavam o conteúdo ereto perto dos olhos dela.

Jogou a cueca longe e com a língua massageou o kit completo do rapaz - que apoiado na cama aproveitava o carinho e aquela visão. Ela pegou o óleo de massagem e passou nas partes dele, além de deixar um gostinho de morango, fazia a pele ficar gelada. Ela de surpresa colocou um 'anel peniano'- vinha no kit também, era feito de silicone e se ajustava bem, ajudava o cara a ter mais prazer. Ele gostou da inovação e a puxou pelo braço. Voltaram a se beijar e ela sentou no colo dele e massageando a base do anel até a outra ponta e ele a acariciava, fazendo ela ter pequenas contrações.

Ficou de costas para ele, se posicionou e pegou na mão dele, pedindo ajuda para o encaixe - que foi perfeito que até mordeu os lábios. Uma das mãos dele segurava o encaixe e a outra um seio, a barba dele roçava no pescoço dela, que por sua vez segurava firme as coxas dele, como o desenho no dado.

A cama rangia no ritmo dele e ia aumentando o som conforme aumentava a velocidade do casal. A moça muitas vezes gemia fora do rimo, desafinava, mas ele não se importava, ele ficava louco de vontade a ouvindo.

Cravou as unhas nas coxas dele que a agarrou com força pela cintura e com força a penetrava mais rápido, mais forte fazendo a cama ranger e pular assim como o cabelo dela.

A última nota que ela gemeu a deixou mole, ele a segurou e a deitou na cama. Ele deitou por cima do seu corpo quente, era ele que precisava cantar a última nota agora. Com as mãos na cabeceira da cama, encaixou seu corpo no da moça, que mordeu novamente os lábios, gemia baixinho mais pela falta de ar provocada por aquele corpo em cima dela.

Desta vez a cama não se mexeu muito. As pernas dela cruzaram pela cintura dele que tomou conta da situação. Fez aquilo que mais gostava, fez movimentos lentos depois mais rápido até coração acelerar e soltou a última nota. Deitou no corpo dela ofegante e satisfeito.

Ele acordou na cama, coberto por um lençol. Viu pelo celular que havia cochilado alguns minutos. Silêncio no quarto. Acendeu o abajur, estava sozinho. Viu no canto da cama uma embalagem transparente em formato de coração. Lá dentro uma calcinha, o dado, óleo e um bilhete:

- Eu falei que ia dar pra você.

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